terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Próxima ao fim

Da última vez que postei neste blog, estava prestes a iniciar o oitavo período. Agora, estou prestes a concluí-lo!! Daqui a dois dias apresentarei e defenderei minha monografia.

Foi um semestre de muito trabalho e dedicação. Aprendi muito com meu orientador, professor André Mendes e fico muito feliz com o produto final. Espero que a banca também fique!

Boa sorte a todos os meus colegas nesta etapa final!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Finalizando uma etapa para começar outra

Hoje tive a orientação quase que conclusiva com a orientadora Renata Alencar. Após corrigir um errinho aqui, propor uma melhora ali, está revisado o último capítulo da fundamentação teórica de minha monografia que explica um pouco sobre as especificidades da linguagem audiovisual. Após colocar no papel (ou melhor, no Word) as modificações propostas, posso virar esta página e dar o 7º período como concluído. Bem, pelo menos nesta disciplina.

No próximo semestre iniciarei a análise dos vídeos escolhidos como Corpus Empírico. Foram três os eleitos, sendo que dois deles que tratam do assunto principal proposto e são denominados Dove Evolution e Beauty Pressure, divulgados pelo "the dove self-steem fund" (Fundo/Fundação Dove pela auto-estima).

Os vídeos da Dove pretendem demonstrar às pessoas que a beleza e perfeição exibidas pela mídia são, na maior parte das vezes, construídas (Evolution) e o outro, Beauty Pressure, nos alerta para o fato de que devemos conscientizar nossas crianças e educá-las de modo a "fugirem" desta maratona de privações alimentares, ginásticas abusivas, medicações e cirurgias plásticas desnecessárias e baixa auto-estima despontadas pelas imposições midiáticas sobre como devemos ser.

Para contrapor esta linha de discussão que pretende introduzir todos os tipos físicos de pessoas em campanhas publicitárias de produtos e ideias relacionados à beleza, escolhemos um terceiro vídeo, que apresenta justamente o paradigma da beleza associada à magreza: Perfume Hypnôse Senses , da marca de cosméticos francesa Lancôme.

O propósito deste vídeo é perceptivelmente paradoxal aos vídeos da Dove; enquanto o da Lancôme exalta os atributos da modelo magra, loira de cabelos lisos e olhos azuis e nos propõe fazer a conexão entre o nome do perfume, Hipnose (em português) e a beleza hipnótica da modelo, a intenção da campanha da Dove seriam mensagens de auto-estima como: “aceite seu corpo como ele é”, “nem toda beleza usa manequim 36/38”, “para ser bonito, seu cabelo não tem que ser liso” e englobam mulheres “reais”, não-atrizes ou modelos, negras, brancas, asiáticas, ruivas, morenas, cabelos anelados, cabelos lisos e de vários portes físicos. Os vídeos da Dove escolhidos passam mensagens sobre como a mídia mostra imagens de beleza muitas vezes irreais e/ou modificadas ou muito cruéis e perigosas para pessoas que se encontram com a auto-estima abalada e, sob este ponto de vista, o comercial do perfume Hypnôse Senses seria um ótimo exemplo disso.

A ansiedade de começar o que está por vir foi, temporariamente, sobreposta pelo sentimento tranquilizante de ver que uma longa etapa chegou (maravilhosamente bem, diga-se de passagem)ao fim.

BOA SORTE A TODOS!

Oitavo período: lá vamos nós!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

O (contra)conto de fadas real

Esta última semana me pus a pensar sobre um novo post mas nada me ocorria. Se eu tivesse talento suficiente para tal, diria se tratar do tão famoso “bloqueio de escritor”, a instigante tela em branco que lhe convida a pintá-la quando você não possui nenhum estoque de tinta. Bem, acredito que já me fiz entender.

Passeando aleatoriamente por um famoso buscador de sites, me deparei com uma página na qual os internautas enviam questões e solicitam a ajuda de outros companheiros online. Nada confiável são as respostas, pude perceber, mas, para quem está desesperado o bastante para recorrer a esse procedimento, talvez possam trazer alguma luz (ou, propiciar uma péssima influência).

Todo tipo de assunto pode ser discutido por lá e, como o meu interesse são os referentes à beleza e a procura por ela, me refestelei! Me senti o porquinho chafurdando na lama, o pintinho brincando no lixo. Ok, esgotei a cota diária de metáforas e analogias. Enfim, finalmente encontrei um tema!

Dentre as milhões de dúvidas referentes à beleza, à boa forma e à aparência em geral, me assustou ver o tanto de "pseudomédicos" existentes. Todo mundo sabe indicar algum medicamento para o seu problema e, muitas vezes, ainda oferecem-no para que você o compre (incluindo os tarjas preta). É impressionantemente fácil obter qualquer medicamento de venda proibida sem receita médica. Trilhando por aí, investiguei essas drogas mais a fundo.

Os efeitos colaterais mas comuns são fascinantes (sim, sim, estou sendo irônica): tonteira, desorientação, fraqueza, insônia, irritabilidade, alteração do humor e da libido e cefaléia são os mais citados.

A partir disso, imaginei um conto de fadas moderno e distorcido. Nossa princesa é a Insensata, uma mocinha descontente com os quilinhos a mais que julga ter. Insensata, cansada de fracassar em todos os tipos de dietas mirabolantes e exaustivas, resolve apostar nesses medicamentos. Ah, por quê não?! Se deu certo com a sua amiga há de dar certo com ela também e, no mais, só vai utilizar por pouquinho tempo. Tudo é válido para se estar magrinha!

Insensata encomenda o remédio e o recebe. Cheia de ansiedade e expectativa, começa a usá-lo. Nossa, é sensacional! Insensata passa o dia sem comer e, mesmo assim, sente-se sempre satisfeita. No primeiro dia de auto-medicação, não consegue dormir à noite. "Provavelmente foi toda a ansiedade que me causou isso", pensa ela. No dia seguinte, sem ter dormido, mas, firme em seu intento, Insensata se levanta da cama. "Ooops! Que bom está parede estava aqui perto! Acho que me levantei rápido demais!". Ainda sem fome e com o corpo abatido como se estivesse doente, insensata toma um comprimido e um copo de leite e vai para o trabalho.

Durante a tarde, encontra muita dificuldade em se concentrar em qualquer tarefa, por mais simples que seja. Nunca achou tão difícil digitar um e-mail, até porque, sua vista embaralhava muito e a claridade do monitor penetrava seus olhos como adagas afiadas. Logo, logo a cabeça começa a doer de forma lancinante. Ah, como ela desejava poder descansar um pouco!

Sai do serviço e, sentindo-se em meio a um tremor de terras, consegue distinguir o seu dentre os ônibus que passam e segue para casa. Chegando lá, é recebida com os latidos do cachorro e a conversa da mãe. Insensata sente-se extremamente irritada com ambos; por quê não podem respeitar o seu cansaço?! Muito brava, entra no quarto batendo a porta. Ela realmente precisa dormir. Tenta todas as táticas possíveis para atrair o sono e, sem sucesso, passa mais uma noite em claro.

Na manhã segunte, está acabada. O cansaço acumulado e a fraqueza somam-se às profundas olheiras. Ao se olhar no espelho, fica furiosa e sente que poderia quebrar todos os objetos ao seu alcance. Não se lembra de ter se sentido tão brava antes! Insensata incorre em um círculo vicioso: come cada vez menos e não dorme quase nada, por isso, sente-se cada vez mais cansada, fraca e irritada.

Após dois meses, Insensata emagreceu o que pretendia. Está com o corpo com o qual sonhava mas não sente ânimo nenhum para se arrumar e nem vê propósito nisso, afinal, em um rompante de muita grosseria, terminou o noivado com o seu príncipe quando este quis saber o motivo de Insensata estar sempre desanimada e fugindo dos momentos mais íntimos com ele, que ambos tanto apreciavam. "Maldito egoísta!" - ela pensa. "Como posso pensar nesses assuntos quando me sinto tão cansada e sem vigor?!". Insensata transforma-se em um paradoxo: bela e atraente ao sexo oposto, porém, frígida como uma pedra.

Quando percebe o quanto essa droga danificou sua saúde e prejudicou sua vida, resolve largá-la. Tenta algumas vezes mas, o tremor nas mãos, a taquicardia e a desorientação a encomodam tanto, que percebe o quanto o processo será mais complicado do que desejava. Após meses de tentativas infrutíferas em largar o remédio, decide consultar um médico que lhe sugere um programa de desintoxicação, afinal, ficou dependente a ele.

História clichê ou não, a internet está cheia de "Insensatas" e muitas, nem atingiram a maioridade ainda. Algumas, devido ao abuso na auto-medicação, nem chegarão a comemorar a maioridade.

Agora resta a dúvida: é certo dizer que os medicamentos são o "caminho fácil" para quem quer emagrecer? Para mim, soa mais como um calvário em prol da aparência.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Então, qual mulher você vai ser?

Aproveitando o clima de Dia das Mães que está por vir, farei um post baseado nas mulheres representadas pela mídia.

Os tipos são diversos. Temos a ”mulher Veja” que era neurótica por limpeza até conhecer o produto; a “mulher Veet”, jovem, bonita, que trabalha, se diverte e nunca se esquece da depilação (e se caso esquece, sempre tem Veet à bolsa); a “mulher Rexona”, que, por mais que possua uma vida de heroína do cinema (corra, enfrente perigos, trabalhe, etc) está sempre com as axilas sequinhas e protegidas e, finalmente, as minhas escolhidas, a “mãe Knor” e a “mãe Renner”.

A “mãe Knor”, já interpretada por figuras ilustres como Marieta Severo, cuida da casa, dos filhos e, muitas vezes, até dos netos, comanda a empregada e cozinha uma refeição nutritiva e saudável para família (obviamente, temperada com Caldo Knor). Ela é simpática, atenciosa e conversa com a câmera como se desse conselhos a uma amiga de longa data.

A “mãe Renner” me chega todo ano por correio, exibindo seus novos estilos em um folder, caso eu a tenha perdido nos comerciais da TV. A “mãe Renner” é diferente, é multifária. A “mãe Renner” pode ser esportista ou romântica, pode ser clássica ou moderna. Ela tem um pouco de você, um pouco de mim, um pouco da moça do xerox, um pouco daquela tia doidona que mistura estampas, um pouco da mocinha da novela, enfim, um pouco de toda e qualquer mulher.

Independente do estilo que apareça, ela está sempre na moda. A moda dela, à maneira dela, a moda feita para ela. Com grandes óculos escuros e cabelos ao vento, impulsionando o que há de “femme fatale” em nós, simples espectadoras, ou com batinhas floridas e rendas que despertam nosso lado meigo e frágil, elas estão lá, estampadas, para nos dar a falsa sensação de que certamente ficaremos como elas ao comprarmos as roupas e acessórios. Ledo engano, pois, atrás daquela máscara de “mãe”, as mulheres reais debaixo das produções são modelos, pagas para serem bonitas e que, provavelmente, nunca nem chegaram perto de fraldas ou mamadeiras.

Completamente paradoxais são as mães Knor e Renner. Uma habita o mundo real e utiliza suas imagens de mãe, mulher e atriz consolidadas, para transmitir um discurso simples e cotidiano. As outras, as várias mães Renner, nos exibem a realidade que poucas têm e que muitas (ou todas) as mães queriam ter. A realidade de ser boa mãe e ter tempo – e dinheiro – para estar na moda, se cuidar, estar com cabelos e unhas feitos e brilhantes e aquele visual sempre “ready to go”, “acabei-de-sair-do-salão-e-estou-pronta-para-qualquer-ocasião”.

A “mãe Renner” muito dialoga com a “mulher Rexona”, pois, ambas têm vidas atarefadas de mãe, mulher e profissional, mas estão sempre com a aparência impecável.

Bem, acessível ou não, “compre” o seu sonho e invista nele. Contar com a natureza também é importante, pois, a minha mãe consegue mesclar as mães Knor e Renner sem ter que gastar horas (e fortunas) em um salão de beleza ou trocando o guarda-roupa.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Qual a relevância?

Ontem, em pleno domingo, estava eu a corrigir a Monografia para entregar hoje, segunda-feira. Uma cópia para a orientadora "comunitária", como costumo brincar, e outra para o primeiro parecerista, possível futuro orientador.

Revisadas, impressas e encadernadas, lá se foram elas, as cópias. Dois exemplares de minha filha em gestação. Minha cara Monografia, consumidora de grande parte do meu tempo, dedicação e inspiração.

Interessante como nutro por ela um sentimento realmente materno, como quem cria, corrige e direciona para o melhor caminho um filho, para que possa vê-lo florescer. Assim ela vai encorpando, amadurecendo, crescendo, e com ela, as minhas expectativas de ver o seu resultado final.

Como ficará ela após um ano e meio de evolução? Agradará a mim e àqueles que a observaram progredir e que por ela torceram? Espero que sim.

Parte do que tive que complementar ontem foi a Justificativa. Pediram-me para explicar e explicitar melhor o "porquê de existir", se assim posso dizer, de minha filha. Precisava criar meios de dizer qual a sua importância para a Sociedade, Comunidade Acadêmica e, ironicamente, para mim. Tarefa árdua mas que encarei com seriedade.

Penso e escrevo algo suficientemente convincente para explicar sua relevância para os 2 primeiros grupos citados e descanso os dedos no teclado, batucando delicadamente. Ponho-me a ponderar: "e para mim?". Como traduzir para outros, de forma coerente, racional, justificada e acadêmica o valor que minha criação tem para mim?

Bem, como dizem amplamente na linguagem popular, não existem mães com filhos feios, mas também sei que não é esse tipo de valoração que me pedem no momento. Apenas preciso justificar para a banca examinadora e demais leitores, qual a validade de minha cria.

Decido ater-me ao básico, afinal, quem fala pouco, não comete muitos erros. Eis o resultado:

"A relevância desta pesquisa para os autores e para a comunidade acadêmica se encontra na atualidade do tema, que estuda o padrão de beleza contemporâneo e as propagandas dissidentes a ele, que foram produzidas nos últimos cinco anos e ainda estão sendo trabalhadas midiaticamente. Além disso, o presente estudo possibilita a leitura e releitura de autores importantes para o campo da Comunicação que já foram previamente abordados ou citados em várias das disciplinas do curso vigente, proporcionando maior imersão nos conteúdos, além de possibilitar o inter-relacionamento e cruzamento das disciplinas de Comunicação com um pouco de Sociologia e de Psicologia. É um tema bastante em voga e de fácil comprovação para qualquer pessoa que venha a ler sobre ele.

Quanto a sua relevância para a Sociedade, podemos dizer que se aplica tanto para as áreas comunicacionais quanto sociológicas, como citado acima, pois abre espaço para discussão sobre o modo como recebemos e aceitamos os produtos midiáticos que nos são transmitidos, sobre como os discursos incutidos nestes se modificam ao passar do tempo, qual a intenção destes novos discursos, se são eficazes ou não e se possuem influência real em nossos comportamentos e preferências de consumo."

segunda-feira, 29 de março de 2010

Trilhando um caminho sem volta



Hoje é noite de segunda-feira, o que significa ter aula de LAM (Laboratório Multimídia) no laboratório de informática e, consequentemente, produzir mais conteúdo para este blog que, surpreendentemente, estou adorando manter.

Engraçado como algo que eu sempre tive preguiça, esteja cativando a minha atenção. Talvez seja uma concretização da minha mais companheira mania, que é a de falar sozinha para um público imaginário que ouve e aprecia tudo ávidamente. Bem, cada louco sonha com a grandeza de uma certa forma, não é mesmo?

"Embromations" à parte, vamos ao post de hoje. Enquanto me perguntava sobre o que escrever, pensei em abordar o tema que venho desenvolvendo em minha monografia atualmente, que discorrerá sobre a influência das representações midiáticas na formação de identidades e subjetividades contemporâneas. Com isso em mente, me lembrei de um programa que vi no GNT há algum tempo. O tema era pessoas obesas e seus depoimentos sobre todas as estratégias que já adotaram para tentar se livrar do sobrepeso.

"Nada inusual no tema", você, leitor esperto, deve ter exclamado. Eu concordo. Atualmente, somos soterrados por programas sobre emagrecimento e muitos, com a exibição do "antes" e "depois" dos obesos para distrair mais ainda os telespectadores, transformando tudo, todos e qualquer sofrimento, punição, perversão e privação, em entretenimento. O surpreendente diferencial deste programa, ao meu ver, foi a filha de uma das ex-atuais-futuras obesas, adepta do efeito sanfona. A garotinha, de uns 5 anos, era bem magrinha e espoleta, como a maior parte das crianças de sua idade. A diferença entre ela e as outras é que esta, tão prematuramente, já é lipófoba. Sim, é isso mesmo! A pequerrucha possuía PAVOR de se tornar gorda.

Diga-me você, então, se isso não se deve ao fato d'ela ter nascido, crescido e sido criada em um ambiente rodeado por dietas e frases como "estou gorda", "estou horrível", "preciso emagrecer". Querendo ou não, por mais que pensemos que as crianças são inocentes, elas também são curiosas e absorvem conhecimento com extrema rapidez.
Esta menina, devido a algo que psicólogos talvez chamassem de Behavorismo, foi condicionada à associar gordura à infelicidade, pois, sua mãe, solteira no momento, vivia tentando se modificar e, quem sabe assim, ter mais sucesso em arrumar um namorado e adentrar os mais diversos nichos sociais pretendidos.

O que foi mais inacreditável foi ver a garotinha fazendo ginástica e recusando comida no café da manhã, dizendo que só come gelatina ou maçã, pois, assim, SABE que não engordará. Quando perguntaram a ela se gostava de balas e chocolates, como qualquer criança, ela respondeu que não, pois isto engorda.

Agora, fecho este post com duas perguntas (explicitamente) retóricas:

1 - Será mesmo que as representações midiáticas de beleza associada à magreza e felicidade associada à beleza, não nos influenciam, a todos, o tempo todo?

2 - Quais idéias distorcidas e errôneas estamos transmitindo (midiáticamente ou culturalmente) às nossas crianças?!
É tempo de corrigir este mal. Torço para que a mãe desta menina ainda consiga reverter o estrago causado.

segunda-feira, 22 de março de 2010



Como preencher os "vazios" midiáticos? Com uma boa pá de futilidade!

Pensando no tópico de hoje, me veio a dúvida: sobre o que escrever? Qual assunto seria pertinente à atualidade e, concomitantemente, à mídia e ao temido "padrão de beleza" que permeia meus estudos e este blog?!

Não sei por que, mas, me veio à mente a celulite. Sim, a celulite! Não ria ainda, caro leitor, pois você há de entender o meu raciocínio.

A celulite e uma das maiores inimigas das mulheres e vilã mais poderosa se o assunto é estar bonita e, por que não (desculpem-me o termo chulo), "gostosa". Esses furinhos tão eficazes em derrubar auto-estimas e fazer as suas vítimas fugirem do espelho, costumam ser escondidas a sete chaves e debaixo de muito tecido opaco. Mesmo sendo um tópico rejeitado por qualquer mulher da Terra, a celulite permeia o conteúdo de 10 entre 10 sites que falem sobre boa forma ou sobre o universo feminino.

Por quê dar tanta atenção a ela?!?

Segundo a modelo Ana Claudia Michels, "é muita falta de assunto!" e, diga-se de passagem, a Ana entende do assunto. Infelizmente, a beldade das passarelas tornou-se grande alvo de reportagens após ter tido algumas míseras colegas redondinhas apontadas em seu bumbum, no desfile que fez no Fashion Rio, em 6 de junho de 2009.

Vamos falar sério, quem é que vê aquele mulherão de quase um metro e oitenta e vai reparar se ela tem celulite?! Excluindo as mulheres invejosas, só a mídia, meu caro! Essa nação de fofoqueiros de plantão.

Para lançar um furo de reportagem, a mídia ocupou-se em espalhar notícias maldosas sobre os furos da modelo. Ok, ok, péssimo o trocadilho! Pior ainda, só essa futilidade toda lançada aos quatro ventos. O que mais me choca é que, ao ficar sabendo das reportagens, o acessor da modelo a procurou para saber como ela estava se sentindo e se isso a havia abalado. É, realmente a vida social e pessoal de alguém morre quando se descobrem as suas celulites! Pobre Ana Claudia Michels! (modo irônico: on)

Futilidade, ah, a futilidade!!

Me pergunto qual a razão que faz com que estas notícias tão vazias percorram os caminhos mais inimagináveis e imprevisíveis do globo. Será talvez, um gostinho que nós, reles mortais, aprendemos a ter quando vemos que debaixo de toda a maquiagem e produção, os bonitões e bonitonas da TV são como nós? A crueldade com os seres "perfeitos" nos faz sentir melhor com nossas imperfeições?

Pode ser.

Pensei em terminar este post dizendo a todos vocês que parem de se ocupar com bobagens como celulites e vão enriquecer sua cultura, mas, vou terminar de forma coerententemente superficial e dizer que quem quiser ler mais sobre a Ana Claudia Michels, (ou ver as tais celulites) acesse o:
Ana Michels

Se caso você encontrar as danadinhas, boa visão a sua! Eu não encontrei nenhuma.